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São tantas as perguntas que se não adivinham as respostas. Quem e o quê emergirá beneficiado desta longa letargia? Que hábitos mudarão? Que novos equilíbrios serão alcançados? Que oportunidades serão aproveitadas? Haverá melhor distribuição da riqueza ou, pelo contrário, um aprofundar das forças distópicas do capitalismo? E, quanto àqueles que perderão, porque a experiência ensina que são os mais vulneráveis os que mais sofrem com os grandes eventos transformativos?
Haverá talvez uma repercussão negativa no todo da sociedade mas devido às profundas assimetrias há, geralmente, um embate desproporcional sobre os mais fracos sejam eles blocos geo-políticos, países, ou indivíduos.
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Em Portugal, sendo um país pobre e, já antes, desigual, será que vamos entrar num novo período de escassez económica, de perda de direitos sociais? Uma crise económica e social entorpecedora como a última (a da chamada «crise das dívidas soberanas») que, no melhor dos cenários, nos levará ainda mais fundo numa dinâmica distópica que parece ser a tendência neste aziago século XXI?
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