terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

NAZARÉ - Canhões, Bombas e Foliões






Em pleno Carnaval, ocorre-me falar do canhão.

Não, não é uma qualquer passista sambista extremamente encalorada, que em vez de se despojar da sua roupita pelas terras onde o Verão aperta nesta altura e o samba é natural, escolhe dançar quase como veio à luz, por terras lusas onde a temperatura do ar, nem assim lhe aplaca o afogueamento.
O canhão a que me refiro, é exactamente o da Nazaré.
Ora com a divulgação global dos seus enormes disparos por Garret MacNamara, o Canhão da Nazaré, conseguiu uma projecção que nenhum secretário de estado do turismo, alguma vez almejou na recente história portuguesa.
Pois bem, chegou aos ouvidos de todas as bombas perdidas e desprezadas que flutuam por esses oceanos fora, que este sim! Este é um canhão digno de qualquer bomba, nem que tenha mais de setenta anos! E até a Carmen Dell'Orefice, que nos seus fantásticos 83 anos de idade, continua a arrebentar corações, perguntou qual era o orifício de entrada para aceder a este canhão.
Entretanto, a turba circundante da Nazaré ao ouvir falar em bombas apanhadas junto à costa fora da época estival, depressa se acercou o mais possível da propalada bomba, que ainda por cima não tinha uma peça de roupa que fosse a cobrir o seu aerodinâmico corpinho.
Julgo, é que não sabiam que podia mandá-los a todos até ás nuvens, mesmo sem lhe tocarem com um dedo que fosse.

Hélder