Somos pateticamente trágicos, ou tragicamente patéticos, o que vai dar ao mesmo. Desleixados e egoístas que abraçam a ordem a "voz do dono", amaldiçoando a prevaricação dos outros, reclamando justiça enquanto ela nos fôr favorável. Porque quando não fôr, reclamamos outra coisa. Mesquinhos e invejosos, prepotentes com os fracos e submissos com os superiores. E assim continuamos. E por aqui ficamos, à espera, sem nada esperar, de um destino que nos caia em cima da cabeça sem nada fazer para o alcançar ou construír. Preferindo a esperteza saloia à inteligência. Queimando a reputação dos que conseguem mostrar alguma qualidade, enaltecendo labrêgos, saloios e empregadas de alterne. Daí que qualquer trabalho que nos caracteriza só possa estar entre a máxima tragédia do absurdo ou o máximo ridículo da caricatura. Nada de novo no reino de Portugal
ARTUR
2 comentários:
"entre a máxima tragédia do absurdo ou o máximo ridículo da caricatura"
Retrato de Portugal....e é pena.
Agrada-me a poltrona , e o calor da lareira, quem sabe um dedo de conhaque, entre conversa amena...
Voltarei. Obrigada.
Levas-me de volta a:
A CAPOEIRA .... pág 36 do ' Histórias de Amanhecer '...
... um do momento brilhante onde aprendi entre risos sem fim a ver retratada a mediocridade!
PS: liguei-te de Londres nessa noite, lembras-te??
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