Artur
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
MOVIMENTO
O braço...esticado, parado a meio do movimento, com vontade própria não me obedece, uma luta cerrada entre mim e ele. O movimento que ficou suspenso à espera de alguma coisa que não chega. A ideia de alcançar, querer chegar ali e não chegar. Insisto, obrigo-me a tentar, obrigo-me a insistir a tentar chegar ali a cima da mesa para agarrar aquele objecto...abjecto...dejecto. Parado ali mesmo á minha frente e eu sem lá chegar, obrigando-me a tentar. mais uma vez, e outra, e outra. O braço sem vontade, o movimento parado sem andar, e volto a tentar. Às tantas um pequeno coice, um breve estremecimento, um iniciar muito lento de manobra e por fim parece que...quase que ia jurar que...O movimento que ficou suspenso à espera de alguma coisa, de alguma coisa que acabou por chegar. O braço finalmente, o movimento. E o esforço de nada valer porque apesar do movimento, apesar da tal coisa que acabou por chegar a minha ideia do que queria cansou-se de estar à espera e partiu. Agora mexo o braço mas esqueci-me do que queria fazer com ele...
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