terça-feira, 16 de outubro de 2012

DESILUSÃO

Declaro que estou muito desiludido com a Academia Sueca. Não só desiludido, como ofendido e humilhado: esperava que o Prémio Nobel da Economia de 2012 fosse atribuído ao Prof. Dr. Herr Viktor Gaspar e, colossal balde de água fria, foi entregue a dois obscuros economistas norte-americanos, a léguas da genialidade estratosférica do nosso Professor Doktor. Não conhecendo eu os estudos dos dois laureados senão nas linhas gerais que foram transmitidas na comunicação social, não me parece que se equiparem ao monumental estudo do Doktor Gaspar, intitulado sinteticamente: "Como Destruir Um País Através da Aplicação Prática da Estupidez e da Incompetência, Falhando Todas as Previsões, Errando Todas as Contas e Abrindo a Boca de Espanto Quando a Realidade Se Encarrega de Desmentir as Folhas Excel, Adquirindo Mesmo Assim Uma Quantidade Colossal de Credibilidade". Além disso, penso que o Professor Dr. Gaspar deveria ter ganho o Prémio Nobel da Física pela elevada e colossal qualidade da experimentação que consiste em cometter sempre o mesmo erro, esperando que o resultado seja diferente (por exemplo, deixar cair duas vezes um copo ao chão e, verificando que ele se parte, ter fé que à terceira vez fique inteiro). A estes dois prémios, deveria juntar-se o da Literatura, premiando o brilho, a magnificência e a erudição da sua oratória. Em vez disso, foi entregue a um chinês gorducho, que escreve pantominices semi-pornográficas. Aos chineses não bastava serem donos da EDP, da REN e do Professor Doutor Catroga, ainda tinham que abichar o Nobel da Literatura. Tenho para mim que isto foi mais uma desconsideração e uma ofensa dos nórdicos à Lusa Pátria; quando conseguirmos endireitar a bandeira logo verão com quantos paus se faz uma canoa : nem mais um Volvo a circular nas estradas, a Ericksson que vá vender telefones para Cantão e o Ikea  deserto, sem um único comprador luso

P.S.: Declarou o Professor Doutor Vítor Gaspar que só estava no Governo para retribuir ao País o colossal investimento feito na sua educação. O País, lamentando tanto dinheiro tão mal gasto, declina a retribuição e pede-lhe que não pense mais nisso.

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