quinta-feira, 14 de maio de 2009

RECANTOS



Fotos de Sofia P. Coelho

Recantos. Espaços escondidos, passos perdidos de caminhadas sem nome. Sussurram-se gemidos na esquina anónima de um bairro que respira no escuro. Trinados de guitarras que se perdem na noite acompanhadas de vozes roucas e sentidas, palavras sofridas que desaparecem nos céus.
Recantos. Restos de segredos, traições e degredos, amores e putedos empurrados pela paixão, tropeçados em desejo.
Descansos merecidos, breves sonhos adormecidos na pausa dos dias sem sentido.
Recantos. Santuários silenciosos de vida marginal, conforto final da intimidade anónima de uma cidade que vive para sempre…

ARTUR

2 comentários:

Carlos Lopes disse...

Recanto:
um instante de tempo
preso ao tempo sem saber

O encanto do momento
está no olhar que o merecer

Artur Guilherme Carvalho disse...

Carlos, vou ter que começar a abusar mas vou-te roubar os poemas para publicar aqui. Um blog só começa a ser pouco para eles. Gandabraço