quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

ROGÉRIO SAMORA


 

                                                                            1958 - 2021

Décimo sexto dia do décimo segundo mês de dois mil e vinte e um. No mês em que renasce a esperança morreste. Vejo desta janela fria a dor que os amigos põem nas palavras pelos que partiram sem aviso prévio. Aos próximos ligo para chorarmos, rir, e dar abraços fortes no ar que nos separa. A minha mãe dizia que a esperança era a última a morrer foi com ela que aprendi sobre humildade e aceitação. Não conheço ninguém que tenha sofrido tanto tempo antes de partir, nem ninguém com um sorriso maior. Se é possível transformar dor em amor ela fê-lo e sempre com a melhor nota. Só quem privou com ela é que sabe do que falo.
Para a querida Ana e Vanda saibam que o meu coração está com o vosso. Para a querida Isabel e Roberto que o saibam também.
Para a Leonor que ele ia visitar sempre que ia a nossa casa que o saiba também. Fizemos as pazes atempadamente e não ficou nada por dizer.
É uma ironia quando alguém nos deixa neste mês. É-o em qualquer mês. Que a esperança nunca o faça.
Gosto muito de vocês!
Elsa Bettencourt



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