terça-feira, 28 de junho de 2011

Ray, Nicholas Ray



"Havia o teatro (Griffith), a poesia (Murnau), a pintura (Rossellini), a dança (Eisenstein), a música (Renoir). Agora há também o cinema. E o cinema é Nicholas Ray"

Jean-Luc Godard

Quando penso na obra de Nicholas Ray - e penso muitas vezes na obra de Nicholas Ray, não consigo dizer qual o meu filme preferido: "Johnny Guitar" ? "On Dangerous Ground" ? "Rebel Without A Cause "? "Bigger Than Life" ?. De repente, surgem-me as imagens do deserto e dos homens nele; das suas lutas; da cobardia e da coragem; do sacrifício e da renúncia. E esse filme chama-se "Bitter Victory" (Cruel Vitória). E lembro-me sempre da resposta do Capitão Leith (Richard Burton) ao Major Brand (Curd Jürgens) : "I always contradict myself". Leith (o corajoso) morre para salvar Brand (o cobarde e pusilâmine), congraçando em si, apaziguando e fazendo convergir ou tornar irrelevantes os pares de contrários que mencionei. "I always contradict myself". Eu também.

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