"O defeito deve ser meu, que pareço um Hamlet de agora. As minhas certezas são poucas ou nenhumas. Ao todo, ao todo, acredito que a vida é um absurdo maravilhoso e a morte um escândalo sem remissão. Ora, nos escritos dos nossos bem-pensantes de serviço- que de resto, leio sempre rendido a um desembaraço intelectual que os honra- nem a mais pequena sombra de dúvida lhes trava os passos. Pelo contrário. Tudo neles é indiscutível e faz lei. E tropeço invariavelmente nessa suficiência peremptória, nessa infalibilidade convicta. Em vez de admirar no que dizem o drama da inteligência a procurar verdade, torço-me, constrangido, perante a presunção com que a decretam."
Miguel Torga in Diário XIII
4 comentários:
Bom blog!! Beijo apertado!!T
O mestre Torga sabia da coisa...
Abraço, amigo
ps: olha lá, quando é que vem aquele tal livro da Sofia para trabalharmos nele? Há notícias?
t: tHANKS FOR THE VISIT.
Carlos: a fotógrafa está em curso de promoção para chefia. Projecto suspenso aí por , digamos, 2 meses. Ok? 1 Abraço
ARTUR
Artur: mais do que ok.
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