quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
FROM DE CRAIDLE TO THE GRAVE
Tudo é tão simples, afinal, como uma folha a balouçar ao vento. Tudo é tão belo como o pequeno e persistente rebento que espreita tímido e verde seco do fundo de um ramo, persiste em crescer na sua furia de vida, a criança que se equilibra teimosa, que vence as quedas e começa a caminhar sobre as pernas. Óbvia é a nossa condição de vida alicerçada entre o absurdo e a estupidez que construímos todos os dias e da qual somos únicos responsáveis. Revoltado é o pensamento contra a constatação da nossa condição terminal, sonhadores de um destino eterno que a Natureza não escreveu em lado nenhum. Um contrato de arrendamento em vez da compra da existência para sempre.Triste e doloroso é o Amor quando lhe queremos arrancar o nosso benefício, a nossa troca justa, o nosso retorno. E tão simples e compensador quando nada lhe pedimos...
Inevitável é a folha que se vai tornando mais seca e castanha no Outono, crescendo para dentro de si até caír da árvore e se desfazer em pó sobre o pó da terra. Inevitável é a nossa secura, a nossa cor castanha, a inversão do nosso crescimento para o interior, a morte e a mistura com a poeira do chão.
O mundo sorri quando nasces e chora quando partes por não estar no teu lugar...
ARTUR
Foto de Sofia P.Coelho
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3 comentários:
" a maior perda que há na vida é,de facto,aquilo que permitimos que morra dentro de nós enquanto vivemos - não a morte em si"
crisalves;)
A frase final vale o texto todo, já de si superior... Abraço.
Roubei-te daqui uma imagem. Não sei se já viste o que fiz com ela...
Cris: Morre-se para dentro... umas vezes...outras para fora. Mas morre-se sempre um pouco cada dia. Não é bom nem mau...é assim.
CL: Vai gamar fotografias para o c...o. Tira as que quiseres, um abraço.
Artur
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