Ou
O elogio dos livros
Ou (ainda)
Decálogo bibliófilo
Olhemos os livros como objectos técnicos:
1. Os livros são extremamente eficientes do ponto de vista da economia energética (não necessitam de fonte própria de energia para poderem funcionar).
2. A sua matéria-prima é iminentemente reciclável.
3. Não emitem radiação, nem contêm produtos tóxicos, pelo que são saudáveis, inclusive recomendáveis a crianças.
Ou seja, os livros são ecológicos e não prejudiciais à saúde.
4. São produtos estáveis; não se avariam, não estão sujeitos a vírus, a ataques de hackers ou erro de programação.
5. São resistentes, podendo durar alguns séculos e, por vezes, até milénios, algo que o suporte informático, diga-se em abono da verdade, ainda não teve possibilidade de demonstrar.
6. O livro tem por base uma tecnologia estável. Não há o risco de se tornar inoperacional (o que seria uma forma de obsolescência) com o surgimento de outras tecnologias (como consultar, hoje, algo que esteja registado numa fita perfurada?).
7. É user friendly: basta saber ler.
8. O livro é, em geral, relativamente barato para o utilizador final; pelo menos no sentido em que este não tem de adquirir hardware específico e prévio à consulta dos conteúdos.
9. O livro leva ao extremo as capacidades da ideia de plug and play: depois de adquirido... basta abri-lo (e já está a funcionar).
10. Por último, tem largas vantagens nas possibilidades de personalização (sempre evitámos a palavra «costumização»): com outra tecnologia de apoio também com grandes vantagens no eixo eficiência, economia de meios, preço e facilidade de utilização - "o lápis" - podem-se acrescentar todo o tipo de informações ao produto de base - "o livro" - mediante anotações interlineares, laterais ou notas de rodapé.
Sem comentários:
Enviar um comentário