sexta-feira, 31 de outubro de 2014

OSTINATO RIGORE

Carta a Sua Excelência Professor Doutor Pedro Manuel Passos Coelho, Presidente do Conselho, Primeiro Ministro de Portugal:


Exmo Sr.


Tem vindo V. Exa. a vituperar veementemente os jornalistas - empregando a difícil relação com a língua materna e o desvario verbal que são suas imagens de marca - acusando-os de patéticos, negligentes, preguiçosos, com falta de estudo e de leitura e carregando-os de crimes e pecados que nem ao Diabo lembrariam. Ou, no dizer popular que V. Exa. tanto aprecia e profusamente utiliza ("para trás mija a burra" permanecerá sempre como o supremo exemplo do afinco com que V. Exa. tem recusado a elitista elegância e o snob aprumo da linguagem em favor da recuperação do linguajar popular, tão saboroso e expressivo) : tem-lhes zurzido nos lombos com afinco. E com toda a razão, acrescento eu que também não aprecio por aí além essa raça de víboras que insiste em denegrir a imagem de V. Exa. e do Governo que tão denodadamente tem servido o País e o tem feito progredir em todas as áreas (o desemprego, a miséria, a exclusão social, o empobrecimento geral, a decadência dos serviços públicos, o enriquecimento ilícito de boys, escritórios de advogados e amigalhaços, para só citar alguns exemplos, têm progredido a olhos vistos). Mas o pior, o péssimo, aquilo que confrange até às lágrimas, é a suprema ingratidão destes escribas: esqueceram rapidamente aqueles lautos almoços para os quais V. Exa. os convidava na altura em que estava desejoso de ir ao pote e lhes matava a fome, servindo na ementa desses famélicos doses massivas de mentiras, asneiras, bacoquices e parvoíces e à sobremesa e ao cafézinho mais umas quantas flores da sua excelsa retórica, e que a canalha já saciada espalhava por redações de jornais, bendizendo o magno e esmoler benfeitor. Na sua bondosa ingenuidade, V. Exa. considerava-os como apóstolos da Boa Nova e em troca recebe agora punhaladas nas costas. Como vê, a máxima crística "faz o bem e não olhes a quem" não tem aplicação universal. Se me permite o conselho, na próxima campanha eleitoral, quando se tratar de ir outra vez ao pote, coloque-se V. Exa. numa excelente tecnoforma e selecione, corte, eleja para os almocinhos lautos apenas aqueles que derem garantias de se manterem fiéis à palavra revelada por V. Exa. e capazes de compreenderem os benefícios da sua acção governativa. Todos os outros podem perecer à fome, ou podem alimentar-se das folhas dos pasquins em que as suas opiniões são vertidas. Além do mais, andam por aí outros escribas a insinuar que um Primeiro Ministro cujo governo conta com o Prof. Dr. Nuno Crato, com a Prof. Dra. Teixeira da Cruz, com o Prof. Dr. Aguiar Branco e com o ilustre Prof. Dr. Rui Machete, além de si mesmo, Prof. Dr. Pedro Manuel Passos Coelho, deveria ter muito cuidado quando chama incompetentes, preguiçosos e ignorantes aos outros. Ou, no linguajar popular que V. Exa. tanto aprecia e tanto tem promovido, deveria "meter a viola no saco". Isto. Exmo Sr., já não é só ingratidão; é aleivosia, maledicência pernóstica e daninha.
Apesar de tudo o que atrás fica dito, permita-me que discorde de V. Exa., uma vez sem exemplo, com toda a humildade e com a testa a roçar no chão que V. Exa. pisa. Não são os jornalistas que recusam continuar a publicar as esmagadoras verdades e pérolas de sabedoria (ou, no linguajar popular que V. Exa. alçou ao estatuto incomparável de discurso governativo, para eles tais verdades e tais perólas são como "manteiga em focinho de cão") que se revelam incompetentes, preguiçosos, patéticos e ignorantes. Não, somos todos nós, este povo que não se revolta, que não se levanta, que não vos agride, insulta e humilha diariamente e se deixa conduzir ao matadouro, bem comportado, manso, tolerante. Ignorante é este povo que não vos cospe em cima onde quer que apareçam e que não vos manda para a puta que vos pariu, assim, com todas as letras do linguajar popular que V. Exa. tanto tem enaltecido. Porque, como dizia um borrabotas chamado Victor Hugo (não, não é o jogador de hóquei, refiro-me a um escritor francês do século XIX, conhecido por ter escrito obras como "Os Miseráveis", "Le Père Goriot", entre outras, e por ter sido um grande humanista): "Entre um governo que faz o mal e o povo que o consente há uma certa cumplicidade vergonhosa".

Com os melhores cumprimentos, etc, etc.


Arnaldo Mesquita

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A ULTIMA MAMADA

                                               
                                                         Paula Rêgo - 2013

domingo, 12 de outubro de 2014

PEDRO DE PEDRA


Uma das lendas que corre amiúde, nas bocas das gentes da Foz do Arelho, é a história do velho Pedro, pescador que com o passar dos anos se foi isolando da sua comunidade até um desfecho cruel.
Dizia o povo que tinha sido enfeitiçado por uma bela donzela que por ali passara e por quem ficara embeiçado.
Na aldeia notara-se o seu crescente acabrunhamento.
Nunca, nem em novo, tinha sido um homem muito expansivo.

Naquele dia, uma comitiva real que se deslocava pela praia, de passagem da vila do Baleal para o mosteiro de Alcobaça, levava uma jovem aia de doces olhos claros.
Terá este pequeno grupo pedido a Pedro para os levar à margem norte da Lagoa de Óbidos. Foi assim que a vista de Pedro pousou em Lucinda, dama de companhia de uma senhora da corte, por quem imediatamente se perdeu de amores.
Como era final do Outono, fazia frio e a noite caía rápida, viu Pedro a oportunidade de se acercar de Lucinda, se oferecesse abrigo aos forasteiros.
Era pequena a sua casa mas pouco mais havia em léguas a redor. Talvez nas Caldas da Rainha encontrassem aposentos mais condicentes com a posição da condessa, mas ainda levariam umas horas a chegar lá e o dia depressa dava lugar à noite.
Estavam todos a dormir e acercou-se Pedro de Lucinda, na esperança que esta jovem de outro meio reparasse em si. Falou-lhe com toda a sabedoria que tinha para falar com uma mulher. Apesar de o coração lhe chegar à boca, faltavam-lhe as palavras, e o saber e o jeito eram poucos. Percebia mais de pesca e de vociferar contra o mar revolto que por vezes lhe recusava o que ele queria. 
Lucinda, mais habituada a outro trato, impressionou-se com Pedro mas não da forma que ele esperava. Revoltado com a incompreensão da jovem, Pedro tornou-se cada vez mais brusco, como se com um mar tormentoso lidasse.
Ora Lucinda também era mais do que aparentava ser, e sabia defender-se melhor das investidas de Pedro, bem além que aquilo que ele poderia supor nos seus mais inimagináveis sonhos.
Eram tempos de brumas e magias, e Lucinda tinha aprendido algumas, deixando-o por momentos acercar-se mais próximo de si, e fazendo-o pensar que estava rendida, soprou-lhe baixinho umas palavras que ele não percebeu nem ouviu até ao fim, porque só no dia seguinte, já o sol ia alto e o grupo a horas de caminho, acordou perdido e atordoado e com um enorme vazio no coração.
Não se tinha esquecido dos profundos olhos claros de Lucinda onde se sentira afogar. Nem da sua conduta que agora à luz do dia o envergonhava. Sentia-se como alguém que tinha acabado de destruir atabalhoadamente o tesouro mais importante de toda a sua existência. A oportunidade, a única, de ser feliz. Irremediavelmente.
Não mais falaria Pedro, definhando na sua mágoa que lhe encovava os olhos, a cara e o corpo.
Meses passaram, anos passaram, tornando-se numa sombra do que fora.
A única coisa que crescia era o vazio no peito.
Cada vez mais rígido, apático ao que o rodeava, insensível a tudo, parecia estar a tornar-se numa pedra.


Um dia, inexplicavelmente, apareceu um rochedo no sítio onde ele vivia.
De Pedro nunca mais nada se soube.
Reparava quem o conhecera, num vislumbre do seu rosto no alto da pedra, e no enorme buraco no sítio onde deveria estar o seu coração.
O Penedo Furado na Foz do Arelho, sendo de arenito vai-se desfazendo, como se esboroa a vontade dos homens que se deixam vencer pelas vicissitudes da vida.
Pedro de pedra está lá para quem o quiser ver, até que se desmorone vergado aos ventos da passagem do Tempo, engolido pelo vazio que ele próprio criou.

Hélder

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O PEDRO MANUEL


Por António Guerreiro
03/10/2014 - 03:23
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Observemos o nosso primeiro-ministro, para além da contingência do cargo que ocupa e das manigâncias ocultas do seu passado; observemos como ele se revelou desde o primeiro momento, para além dos gestos e dos discursos oficiais e protocolares; observemo-lo como figura ou tipo e chamemos-lhe Pedro Manuel, como se fosse uma personagem literária — um Bloom de Joyce, um Mr. Teste de Valéry, um Franz Biberkopf de Döblin, um Marcovaldo de Calvino. O nosso Pedro Manuel tem traços de todos eles, mas não coincide inteiramente com nenhum. Tem escassas potencialidades romanescas, mas consegue oferecer matéria suficiente para um diagnóstico epocal, na medida em que é o triste produto do tempo do homem-massa e o engendramento catastrófico do fim de todos os encantamentos políticos, ideológicos e sociais. É o homem liso, da platitude inerente às formações de uma sociedade homogénea. Se tem alguma aura, é a aura pornográfica da massa contemporânea. É o homem alienado? Não, é o homem da condição estatística, da indiferença, da impessoalidade. A sua presença é tão espectral que não é possível ver nele senão a presença de uma ausência. E até a sua voz de barítono, mas sem grão, e o tom de recitação com que debita são desprovidos de corpo e de mistério. Enquanto figura ou tipo, isto é, naquilo que tem de comum a tantos outros à sua volta e lhe absorve qualquer pretensão de singularidade, o Pedro Manuel é a encarnação do “último homem” de Nietzsche, sobre o qual se abateu a pobreza inerente a um niilismo completo. É, digamos assim, um homem pós-histórico, que vive como se estivesse desde sempre morto. Pedro Manuel é o nome de um homem anónimo que surgiu não há muito tempo à superfície do planeta, um homem sem substância (o que não é exactamente o mesmo que o “homem sem qualidades”, de Musil, que era ao mesmo tempo um conjunto de qualidades sem homem). É um representante perfeito da pequena burguesia planetária que herdou o mundo e da qual um eminente filósofo disse que ela era a forma sob a qual a humanidade vai ao encontro da sua destruição. Esta pequena burguesia, na realidade, não é uma classe, é apenas uma massa. Enquanto governante ao mais alto nível, é legítimo pedir-lhe contas sobre o seu passado, mas exigir tal coisa ao Pedro Manuel é completamente inadequado: ele não tem mais espessura do que aquela que o confina a um eterno presente. E há-de morrer como alguém que nada aprendeu, em que o “não quero nada, não sei nada e não tenho nada”, muito embora pareça coincidir com um altíssimo conceito de pobreza, de amplitude metafísica, que vem da Idade Média, do Mestre Eckhart, corresponde antes à miséria do Nada que se mascara. É uma fantasmagórica vacuidade que traz consigo uma única mensagem: nada nos pode defender da trivialidade, da proliferação daninha de Pedros Manueis. A condição política de onde eles emergem é destituída de toda a grandeza, incaracterística, triste como a carne e sem sinais luminosos que assinalem o nosso horizonte. O contrário desta condição, o homem que devemos opor ao Pedro Manuel, não é aquele que foi tantas vezes solicitado pelo culto dos heróis e que vem para se erguer acima dos outros, para os guiar. A nova pobreza de que o Pedro Manuel é o nome não deve ser erradicada em nome de nostálgicas grandezas, a única coisa que devemos exigir é não sermos espoliados pelo Nada e determinados pela condição póstuma do último homem, que infelizmente não encarnou apenas no Pedro Manuel. Pedro Manuel é nome de legião e Massamá é o espaço interior do mundo. 


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

BARÃO VERMELHO






Para além do nome do lendário herói da aviação alemã da Primeira Guerra Mundial, o nome “Barão Vermelho” ganha uma segunda vida no início da década de 80 pela mão de dois adolescentes entusiasmados (Gutto Goffi e Maurício Barros), após assistirem a um concerto dos “Queen” no estádio do Morumbi em S. Paulo. De facto é a partir desta data que se vai formar uma nova lenda do rock brasileiro e, ao mesmo tempo, nascer uma instituição musical que vai sobreviver até aos nossos dias acompanhada pela admiração e respeito tanto do público como da crítica. Os dois estudantes do Colégio da Imaculada Conceição no Rio de Janeiro juntaram à bateria (Goffi) e aos teclados (Maurício) os elementos que faltavam. Eram eles Dé (no baixo), e Frejat na guitarra. Faltava um vocalista. A procura recaiu inicialmente em Léo Guanabara mas rapidamente o seu timbre foi considerado demasiado suave para os objectivos pretendidos. Léo não se melindrou com isso e deixou até uma sugestão no seu lugar. Tratava-se de Cazuza (Agenor Araújo Neto). Finalmente estava concluída a formação inicial do Barão Vermelho. Ao longo do tempo serão inúmeras as saídas e entradas de novos elementos na formação, excepção feita para Goffi e Frejat que estarão sempre presentes, tornando-se uma espécie de “guardiões do templo”.
O som da banda chega aos produtores Ezequiel Neves e Guto Graça Mello que em quatro dias e através de uma produção muito barata gravam o primeiro álbum, “Barão Vermelho”. Das músicas mais importantes deste trabalho destacam-se “Bilhetinho Azul”, “Ponto Fraco” e “Down em Mim”. Depois de alguns concertos em S. Paulo e no Rio a banda regressa ao estúdio onde com uma produção mais detalhada e com mais tempo acaba por gravar o segundo trabalho “Barão Vermelho 2”.

Apesar de tudo fazer adivinhar o nascimento de uma nova banda poderosa no panorama musical o começo foi um pouco atribulado. As rádios não passavam as músicas do “Barão”. Foi preciso Ney Matogrosso gravar “Pró dia Nascer Feliz” para que se começasse a ouvir no éter a versão original da banda. Por outro lado Caetano Veloso veio também quebrar o gelo ao integrar no seu reportório o tema “Todo amor que houver nessa vida” e ao reconhecer Cazuza como um grande poeta. O destaque e a repercussão da banda vai aumentando ao ponto de serem convidados para compor a banda sono ra do filme BETE BALANÇO de Lael Rodrigues em 1984. Estava ultrapassada a rampa de lançamento para a fama. Ao lançar o seu terceiro disco, “Maior Abandonado” (84), o Barão Vermelho consegue ultrapassar a fasquia das 100 mil cópias vendidas em apenas seis meses. O ano de 84 continua em grande apoteose. O “Barão Vermelho” toca com a Orquestra Sinfónica Brasileira e, no ano seguinte é convidado para abrir o Rock In Rio. A carreira estava finalmente consolidada.


A SOMBRA DE CAZUZA

Compositor, poeta, espírito inquieto, Cazuza era uma das marcas mais profundas no trabalho do “Barão Vermelho”. Embora já tivesse manifestado o seu desejo de sair da banda Cazuza escolhe o final de um concerto para o anunciar ao público. Frejat apoiava a sua actividade individual desde que não abandonasse a banda. Da forma como as coisas se passaram, a forte amizade que os juntava sofre um duro golpe. O efeito Cazuza continuará a fazer-se sentir sobre a banda começando numa ferida profunda até se tornar mais um componente entre muitos que a banda foi conseguindo gerir e aproveitar ao longo dos anos. Frejat assume a função do cantor e em 86 é lançado o quarto disco da banda, “Declare Guerra”, um trabalho que apesar de contar com a colaboração de nomes como Renato Russo ou Arnaldo Antunes, acaba por não alcançar grande êxito. Segue-se “Rock’n Geral” no ano seguinte com contrato assinado com a Warner. Apesar de bem acolhido pela crítica o disco não vende mais que 15 mil cópias. Nesse mesmo ano Maurício abandona também a banda, entrando Fernando Magalhães (guitarra) e o percussionista Peninha.
Agora apenas com três elementos de origem, o “Barão Vermelho” lança em 88 o disco “Carnaval”, onde mistura rock pesado com letras românticas. A faixa “Pense e Dance” , escolhida como banda sonora da novela “Vale Tudo” é a rampa para um êxito absoluto que lhes abrirá as portas para abrir a tour de Rod Stewart. No ano seguinte lançam o seu sétimo trabalho “Barão ao Vivo”, gravado em S. Paulo. No mesmo ano a editora Som Livre lança a colectânea “Os Melhores Momentos de Cazuza e o Barão Vermelho”.
Na entrada dos anos 90 o baixista Dé deixa a banda e dá lugar a Dadi. Maurício regressa aos teclados na qualidade de músico convidado. Em 1990 gravam “Na Calada da Noite” revelando o lado mais acústico do grupo. Nesse álbum está o tema “O Poeta Está Vivo”, uma alusão a Cazuza que viria a morrer meses depois vítima de SIDA.
1990 é ainda o ano em que todos os intervenientes são nomeados para o prémio do melhor em cada categoria e em 91 a banda é escolhida por unanimidade de público e crítica como a melhor do ano. Em 91 e 92 vencem o prémio Sharp para o melhor conjunto de Rock e, ainda em 92, são eleitos a melhor banda do Hollywood Rock. O baixo Dadi é substituído por Rodrigo Santos. Em 2001 após apresentação no Rock In Rio 3 todos decidem fazer uma pausa na carreira do Barão para se dedicarem a  projectos individuais.


AS INTERMITÊNCIAS DO ÊXITO
 Com a entrada do novo século a carreira da banda vive de pausas prolongadas e regressos extraordinários. Em 2004 regressam às origens do puro Rock’n Roll com um álbum homónimo onde vamos encontrar êxitos como “Cuidado”, “A Chave da Porta da Frente”, “Embriaguez” e “Cara a Cara”. No ano seguinte a banda grava o primeiro DVD da carreira no Circo Voador no Rio de Janeiro. “MTV ao Vivo” acaba por conseguir alguns êxitos como a inédita “O Nosso Mundo” embora a grande surpresa vá para a revisão do tema “Codinome Beija-Flor”, em que a banda interage com a voz e a imagem de Cazuza projectada no grande ecrã. Mais um disco de ouro, uma tourné de dois anos e o ultimo espectáculo antes da nova “pausa” vai ter lugar no Rio. Antes disso têm ainda tempo de lançar um livro e um DVD acerca da sua carreira com o histórico show Rock In Rio I.
Em 2012 Frejat e Rodrigo Santos anunciam o segundo regresso da banda. A reunião acontece a propósito da comemoração de 30 anos de carreira e do lançamento do primeiro disco.  Além das comemorações foi também relançado o álbum “Barão Vermelho” gravado em 82 com novas misturas e remasterizado. Segue-se um documentário que conta a história do grupo, um novo espectáculo com a MTV Brasil e uma tournée de seis meses. Depois de tudo isto a banda anunciou estar novamente e recesso sem previsão de regresso.
Com doze discos, seis albuns ao vivo, duas colectâneas e quatro DVD’s o” Barão Vermelho” assina um extraordinário percurso e uma brilhante carreira, um livro onde todas as fantasias e tragédias do Rock tiveram lugar.


Artur