sábado, 1 de novembro de 2008

Emcursivoconvulsivo ou O Albergue do Fim §2

Quais as terras da alma do Anjo? Ou, esses, nem as têm, almas e terras, terras d'alma d'imens'alvura. Apito. Repito. Repico. Apito. Querem crer? Apenas o mar é espéculo d'Anjo, d'infinda, líquida, lassidão. As terras são duras e as gentes e a magra megera das almas das gentes cegas são, de tanto negrume. Toupeiras suicidas. Apito. És tu? És quem seja de paz ou d'ácera volta, revolta, reviravolta? O Anjo, apenas, apenas, apenas, permanece. Impassível. Apito. Hei, hei, vezes nove. Sereno? O Anjo é sereno. Apito. Invencível & sagaz. Apito. De penetrante, transpenetrante visão como de transistor avariado. Apito. De penetrante visão à excepção. Apito. Nunca. Excepto ao transbrilhante – lembram-se, transpenetrante? - reflexo iterativo de si, ainda, ainda, ainda que olhe e atinja o mais fundo cerne do profundo do mar. E. Claro. Claríssimo. Até, até, até à loucura. Do esconso íntimo da alma das feras gentes.
Apito. Apito. Jamais.
Lembram-se?

1 comentário:

Artur Guilherme Carvalho disse...

Tivémos Joyce (Finnegans wake), temos Lobo Antunes e agora temos-te a ti neste blog. Para debate em torno de Literatura, filologia e mapa da alma e das emoções, não tá nada mal. Um abraço João;
Continuo à espera da tua resposta em relação às minhas propostas de trabalho que foram enviadas por e-mail.
ARTUR