domingo, 22 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
FREE NELSON MANDELA
De cada vez que cavaco, coelho, portas e demais camaradas falam de Nelson Mandela, e falam muito, oh se falam, é como se o estivessem a matar de novo ou a enviar de volta à prisão onde esteve encarcerado durante 27 anos. Por isso lhes digo: Libertem Nelson Mandela, libertem-no da baba asquerosa dos vossos elogios, do vómitos do vossos encómios, da sarna das vossas caras compungidas, da poluição das vossas lágrimas de crocodilo, do cheiro fétido das vossas declarações sobre "o exemplo a seguir", da "grande estatura moral", etc. Deixem o homem ir em paz, deixem-no ir para onde quer que vá, sem que no caminho tenha que tropeçar nas vossas mal-amanhadas e hipócritas caras de carpideiras da corda.
A propósito, que é feito daquele outro bacano, o Boutelezi, uma espécie de monarca zulu avantajado, que aparecia nas manifestações vestido com pele de leopardo e de lança na mão, aos pinotes e aos urros ? Eu também curtia esse gajo e ninguém fala dele. Afinal, o Mandela não acabou com todas as injustiças do mundo,embora o seu esforço tenha sido muito significativo.
A propósito, que é feito daquele outro bacano, o Boutelezi, uma espécie de monarca zulu avantajado, que aparecia nas manifestações vestido com pele de leopardo e de lança na mão, aos pinotes e aos urros ? Eu também curtia esse gajo e ninguém fala dele. Afinal, o Mandela não acabou com todas as injustiças do mundo,embora o seu esforço tenha sido muito significativo.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
A ESCOLA PRIMÁRIA (OU A SUA FALTA) REVISITADA - A SEQUELA
"Não tememos que apareça ninguém no Congresso do PSD" - Marco António Costa
Professor Doutor Marco António Costa:
É já a segunda vez que lhe escrevo mortificado e angustiado ante os pontapés na gramática e na lógica que pontuam as suas intervenções públicas. Da outra vez - e apesar da minha mais que explícita sugestão - não me contratou para seu conselheiro linguístico e, hélas, o resultado está à vista. "Sejemos" francos, como diz o chefe: se não temem que apareça ninguém, é porque temem que apareça alguém. Mas, espere lá, até eu já estou baralhado. Vamos ver se deslindamos esta questão : se não temem que apareça ninguém, para além de temerem que apareça alguém, não temem que apareça o que não pode aparecer. Concordará, sem grande esforço, que "ninguém" indica um ausência, uma negação de presença, uma falta. Nesse caso, o que vocês não temem (que apareça ninguém) é equivalente a temerem que apareça alguém, visto que o que vocês não temem é um nulo e, assim sendo, a proposição anula-se a si mesma, além de anular o efeito que teria se, por exemplo, V. Exa. tivesse dito : "tememos que apareça ninguém" ou "tememos que não apareça alguém", ou ainda, "não tememos que não apareça ninguém". Enfim, como pode constatar, não é fácil navegar neste labirinto kafkiano e ilógico que os deslizes de linguagem de V. Exa. provocam neste povo sempre sedento e sôfrego das pérolas de sabedoria que emanam do seu pensamento sublime. Mais uma vez, coloco-me ao seu inteiro dispôr para a revisão dos seus discursos e para ser o seu porta-voz.
Com os melhores cumprimentos
Arnaldo Mesquita
sábado, 7 de dezembro de 2013
BOLA DE CRISTAL
Era sempre pela estrada a caminho desse lugar distante que se procuravam as respostas. Era sempre com o pé na estrada que as perguntas enfraqueciam a sua desorientação e as dúvidas deixavam de baralhar. A solução era colocar a mochila ás costas e caminhar até um destino que de tão longínquo dificilmente se podia adivinhar. Enquanto se caminha não se pensa, não se sofre, respira-se o compasso das pernas, observa-se a paisagem. Enquanto se caminha desliga-se a culpa e a frustração de não saber para melhor imaginar. E ao fim de algum tempo uma resposta, um espaço, qualquer coisa onde acabamos por chegar. Nunca da forma que pensámos, nunca igual à imaginação. Só um destino cumprido, um ponto de chegada, mais nada. Ás voltas e voltas a caminho de qualquer lugar caminhamos sobre o mundo acabando por caminhar dentro de nós. A resposta do caminho saiu de onde, afinal? Da estrada que pisávamos ou do sonho que percorremos sonhado dentro de uma bola de cristal? Onde ficamos? Lá dentro ou cá fora? Serei eu aquele homem que pousa a mochila e se senta a beber uma cerveja à beira do caminho? Ou serei eu a cerveja que o refresca numa tarde de calor? Ou a vontade permanente de meter o pé na estrada, tudo e nada numa bola de cristal?
Artur
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
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