domingo, 31 de julho de 2011

CREDO
Acredito em todas as teorias da Conspiração, da mesma forma que acredito em todas as informações oficiais que nos são bombardeadas como um padrão, sem alterações, em todos os principais órgãos de informação. Acredito na histeria catastrófica das profecias de um e outro lado que, após a falha redundante de concretização, se retiram silenciosamente para o esquecimento como se nunca tivessem existido. Acredito que nos dois planos há um esforço enorme de controle das nossas vidas, para nos manter desinformados, nos manter afastados daquilo que realmente interessa. Acredito que a barreira mais difícil de transpor é a da necessidade de ser informado. Acredito que todos os dias nos apresentam necessidades que não temos para nos obrigar a adquirir o que não precisamos. Acredito que a melhor parte das histórias da propaganda e da conspiração é a ultima, na medida em que é aí que vemos quem saiu a lucrar. E, normalmente, é sempre o mesmo grupo, uma espécie de família faraónica que opera casamentos dentro do seu círculo, uma família a quem a chuva não molha, as catástrofes não chegam e o infortúnio nunca bate à porta. Acredito que, para satisfazer a gula sem fim desta família se multiplica e amplia o sofrimento da Humanidade, muito para alem do razoável, fabricando guerras, inventando crises, desequilibrando sociedades, alimentando os mais animalescos instintos de destruição. Acredito que todas as tentativas de libertação e emancipação da Humanidade acabaram por ser corroídas pela subversão dos seus valores ou esmagadas pela violência. Acredito que a carreira mais promissora que se pode ter é a de assistente dos faraós, na propaganda, no adormecimento da multidão, na parte financeira, na produção das leis, no exercício do poder. Acredito que não se pode ajudar a libertar quem não quer ser libertado. Porque o medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo.

Artur

5 comentários:

Unknown disse...

Partilho, inteiramente Artur, este desabafo...muito bem escrito, muito preciso e muito claro. ana a.

elbett disse...

Também acredito!
Bjos.
Elsa

Artur Guilherme Carvalho disse...

Alfa,
Obrigado pals tuas palavras sempre tão gentis. Sinto-me culpado e pouco à vontade com elas na medida em que pouco ou nada visito e comento o teu blog, mas é mesmo por falta de tempo.

Elsa,
Cá estamos amiga. Mais velho e com menos tempo. Só ainda não se desligou a consciência. Obrigado

Hélder disse...

Há poucos dias, vi um excerto de um documentário sobre John Perkins, um "assassino económico" americano. Depois de ver este excerto, decidi investigar o que aparece na net sobre ele. Como quase todos nós sabemos, muitas coisas que se vêem, são de veracidade questionável. Esta parecia tirada de um guião de filme. De um filme demasiado rebuscado para ser verdade. Ao ver as imagens e o testemunho, dei comigo a pensar: "...onde é que eu já vi isto?..."
"Confissões de um assassino económico" no YouTube, dividido em duas partes, faz-nos rever ainda mais o nosso "Credo".
Um "Credo" para a nossa inquietude...
Abraço!

elbett disse...

Estamos! Aqui ou lá mas estamos. E fazemos, mais ou menos, mas fazemos!! Mais velhos, ainda bem!! Porque estamos, senão não estávamos!!
De resto é..." senhores espectadores pedimos desculpas por esta interrupção. O programa segue dentro de momentos." E segue mesmo!!