Estamos e não estamos, somos e não somos. Somam-se rastos acumulados nos espaços ilusoriamente ocupados, esbatem-se silhuetas, as formas ficam distorcidas, escapa a lucidez de um desenho, a verdadeira imagem de um perfil bem desenhado. Para aqui andamos sem saber andar, à espera de qualquer coisa que tarda em chegar. Qualquer coisa que não se vê, que não se imagina. Qualquer coisa, enfim…
Artur
(Foto de Sofia P.Coelho)
3 comentários:
Samuel Beckett terá dado a essa coisa o nome de Godot...
Um marco na velha pergunta. Como enquadrar o homem no espaço em que existe? Pertença? Acessório? Efeito? Causa? Elemento Transformador? Nada? En Attendant Godot...
Intemporal, actual passados dois anos. Conheço escritores assim. Abraço.
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