Tudo o que escrevi aqui, há não sei quantos anos, não passou de vozearia, palavras ocas, ruído, tanto ruído incomodativo e inútil, cheio de pompa, presunção e ilusão. Não soube preservar o silêncio, guardar o recato, conservar o bem mais precioso de todos, abster-me de fazer juízos, de emitir opiniões, de construir estruturas de ideias falsas, proclamações que a ninguém interessam, nem sequer a mim mesmo. Por isso, adeus, passem bem, sejam felizes, mantenham-se quentes e em segurança. Eu vou andando. Ou não.