Este anúncio foi feito esta sexta-feira, no final da reunião em que o secretário de Estado Francisco José Viegas recebeu um grupo de realizadores e produtores do sector, e que aconteceu no dia imediatamente a seguir à notícia da demissão da direcção do ICA, constituída por José Pedro Ribeiro, director, e por Leonor Silveira, sub-directora.
“O secretário de Estado garantiu-nos que, no prazo máximo de duas semanas, o processo de aprovação inter-ministerial da nova lei será concluído, de modo a ser agendada com carácter de urgência a sua discussão na Assembleia da República antes das férias parlamentares”, disse à saída da reunião Margarida Gil, presidente da Associação Portuguesa de Realizadores (APR), citada pela Agência Lusa.
Num comunicado depois elaborado pela APR sobre a reunião, é referido que Francisco José Viegas “deu a sua palavra de que as alterações decorrentes do processo de discussão pública do projecto da nova Lei do Cinema não ferem os princípios e a substância do documento inicial que foi tornado público em Fevereiro deste ano”. E acrescenta-se que Viegas “assegurou ainda que, estando aprovada a nova lei, poderão existir condições para a abertura de concursos no ICA ainda este ano”. Nas declarações aos jornalistas à saída da SEC, Margarida Gil referiu que o plano de emergência anunciado pela tutela visa “atenuar ou resolver parcialmente o problema financeiro do ICA, de modo a que os compromissos assumidos pelo Instituto sejam cumpridos”.
Na reunião participaram também representantes dos subscritores do documento Cinema Português: Ultimato ao Governo e da Associação de Produtores de Animação. Ao lado de Francisco José Viegas esteve o director demissionário do ICA, José Pedro Ribeiro. Nenhum deles fez declarações no final. Sobre o futuro do ICA, e da direcção demissionária, Margarida Gil disse que José Pedro Ribeiro explicou na reunião que “colocou o seu lugar à disposição e admitiu que acabou um ciclo e começará um outro com a nova lei”.
O encontro foi pedido pelos profissionais do cinema, que reclamam a aprovação urgente da nova Lei do Cinema, para que se ultrapasse a situação de paralisia no sector.
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