segunda-feira, 2 de março de 2009

DOS LIVROS

“ As pessoas normais trazem filhos a mundo; nós, os romancistas, trazemos livros. Estamos condenados a perder a vida neles, embora quase nunca no-lo agradeçam. Estamos condenados a morrer nas suas páginas e às vezes até a deixar que eles acabem por nos tirar a vida. “

Carlos Ruiz Záfon in “O Jogo do Anjo”

5 comentários:

Clarice disse...

Isso da "normalidade" tem muito que se lhe diga... também às vezes perdemos a vida sem escrever coisa nenhuma e nem por isso somos maiores...

Bem Artur, esta tua escollha dá "pano para mangas", mas o melhor é eu ir falar com o Carlos directamente, o Ruiz Záfon... sem qualquer "jogo" de "anjo"...:)

Artur Guilherme Carvalho disse...

Clarice: Perde-se a vida por todas as razões. Basta nascer. Os romancistas acreditam que deixam um pouco da sua alma em cada trabalho que executam. Eu também acho...
ARTUR

Clarice disse...

Artur: ...e eu também. Mas as pessoas ditas "normais" também deixam a sua alma, não na escrita, mas nos passos que dão, ou que não dão... nos passos que muitas vezes inspiram romancistas...

Clarice disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Artur Guilherme Carvalho disse...

A alma é o Todo que se espelha no ser de cada um. Quando escrevemos, respiramos, enfim...vivemos, é sempre para os outros que o fazemos. Sem os outros os autores não conseguem histórias e sem histórias os outros não deixam rasto. É mais ou menos isso.
ARTUR