“ As pessoas normais trazem filhos a mundo; nós, os romancistas, trazemos livros. Estamos condenados a perder a vida neles, embora quase nunca no-lo agradeçam. Estamos condenados a morrer nas suas páginas e às vezes até a deixar que eles acabem por nos tirar a vida. “
Carlos Ruiz Záfon in “O Jogo do Anjo”
5 comentários:
Isso da "normalidade" tem muito que se lhe diga... também às vezes perdemos a vida sem escrever coisa nenhuma e nem por isso somos maiores...
Bem Artur, esta tua escollha dá "pano para mangas", mas o melhor é eu ir falar com o Carlos directamente, o Ruiz Záfon... sem qualquer "jogo" de "anjo"...:)
Clarice: Perde-se a vida por todas as razões. Basta nascer. Os romancistas acreditam que deixam um pouco da sua alma em cada trabalho que executam. Eu também acho...
ARTUR
Artur: ...e eu também. Mas as pessoas ditas "normais" também deixam a sua alma, não na escrita, mas nos passos que dão, ou que não dão... nos passos que muitas vezes inspiram romancistas...
A alma é o Todo que se espelha no ser de cada um. Quando escrevemos, respiramos, enfim...vivemos, é sempre para os outros que o fazemos. Sem os outros os autores não conseguem histórias e sem histórias os outros não deixam rasto. É mais ou menos isso.
ARTUR
Enviar um comentário