segunda-feira, 30 de setembro de 2013

DESTERRO: A ESPERA DO SILÊNCIO



E no entanto a vida continua. Com os mesmos dramas, carregando as mesmas dores, as mesmas perguntas sem resposta, a mesma ansiedade de estar vivo. O filho de um amigo meu produz esta curta metragem confortando a minha frustração, adoçando o meu desânimo. Provando que a arte e a vida são gémeas de um mesmo corpo, de uma mesma alma, de um mesmo tempo. A simplicidade com que as palavras voam ao sabor da brisa incerta e inconsequente transformadas no gesto de uma dança. A dureza de um cenário nu polvilhado de focos de iluminação espalhados ao acaso. A vida é uma descoberta dolorosa da impossibilidade. A criação é o canto cristalino e maravilhoso de quem a carrega. Um canto que atravessa gerações e se eleva ao céu de uma plenitude. O Ser e a Humanidade que se recordam em cada dia das danças esquecidas do baile da eternidade. Força Diogo.

Artur

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