
Da autoria de Jacques Henri Lartigue (1894-1986), esta foto de 1921 é em si um hino ao movimento e ao impossível. Um instantâneo impossível de reter a olho nu, uma situação exterior à nossa capacidade de registo, um movimento parado que insiste em fugir.
Pintor de profissão, Lartigue fez fotografia desde os seis anos, numa época em que havia ainda tudo por fazer nessa área. No cinema trabalhou com nomes como Abel Gance, Jacques Feyder, Robert Bresson, Truffaut e Fellini. Desde miúdo que me sentia fascinado por esta imagem. A arte é precisamente aquilo que a realidade não consegue fazer. (uma homenagem à nossa “partista” Sofia.)