domingo, 2 de março de 2008

DOR CERTA

Não é fácil. Nunca é fácil ver alguém, mais ou menos próximo de nós, partir. Nem mais cedo nem mais tarde, partir, simplesmente. Desde pequenos que nos ensinam tudo menos aquilo que nos deviam ensinar. Não se fala da morte e, quando se fala, é para nos voltarem a "alinhar" naquilo, no comportamento que se espera de nós. As religiões não explicam nada, a sociedade não nos prepara para aquilo que é evidente, inevitável e mais que certo. As primeiras, autoinvestidas de intermediárias entre este mundo e o outro garantem a vida desde que paguemos as quotas ao seu clube; a segunda esconde, finge que não vê, e afasta a ideia para longe dos nossos dias. Mas o que é certo é que a dita senhora está sempre à nossa espera, numa esquina com o nosso nome. E mais vale mentalizar-nos nessa nossa condição inevitável do que pagar impostos a divindades que fazem o favor de nunca se manifestar, ou meter a cabeça dentro da areia como a avestruz e deixar que a morte passe.
Naõ sei se por isso ou por outra razão qualquer, o certo é que dói, queima e deixa-nos tristes seja em que circunstãncias for. A morte é uma merda, mas uma merda real, verdadeira e certa. Continua a doer como da primeira vez... É sempre assim
Adeus amigo. Até sempre Paulo...
ARTUR

4 comentários:

Anónimo disse...

Porque isto de blogar não se trata apenas de colocar frases mais ou menos bonitas que se perdem na blogosfera, porque detrás destes fios existe uma pessoa, por isso Artur...lamento muito que tenha perdido um amigo:( Beijinho

Artur Guilherme Carvalho disse...

Nunca nos habituamos, por mais que insista em acontecer...É assim, paciência.
ARTUR

Anónimo disse...

As palavras certas no momento certo para um Amigo certo e para sempre.
Um abraço Artur.
Orlando

Artur Guilherme Carvalho disse...

Orlando.
Bem vindo. Senta-te e serve-te de café e cigarros. Estamos sempre abertos. Um Abraço
ARTUR