quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ossa et Cineres (#2)

Erguer em sistema o negrume, sondar o fundo do quanto da vida se renuncia; uma ideia-una, passível de quas'infinita variação na exacta medida em que o deserto é também labirinto. Mas porque não a narrativa d'esplendor, onde a presença de quanta potestade essente rescende a Primavera e isso é ternura e doce-alor, pulsão profundamente telúrica que, no entanto, de tal leveza que haja ascenso da terra? Talvez que a escrita seja morte em verbo e a fixação espúria desse esplendor do múltiplo mutável contenha a insciente impiedade da palavra que ao cindir de um todo de luz uma parte logo inventa & impõe uma sombra...

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