quinta-feira, 9 de agosto de 2012

(AN) DANÇAS ANÓNIMAS


Parece que o sonho desapareceu para os recantos da memória e só sobram as saudades, as frases de "naquele tempo é que era...". As pernas já não correm com a velocidade pretendida, o fôlego pára mais vezes para recuperar, o tempo foge-me entre os dedos. Mas a ALMA voa entre todos os tempos, fura os portais de todas as dimensões, rebenta com todos os velocímetros. Fomos vida e VIDA continuaremos a ser, nas palavras, nos acordes, nos que foram mais cedo, nos que caminham ao nosso lado. Morrer é apenas voltar a estar vivo com mais intensidade, com as memórias do caminho, com os amigos, com concertos que foram verdadeiras manifestações religiosas. Aqui, os que ninguém conhece levantam os braços ao céu e dançam, e continuam a dançar os rituais do amor, da amizade e da eternidade...

2 comentários:

A.Teixeira disse...

Ai esta tua propensão para arrancares o ar dos pulmões a quem te queira ler em voz alta...

Abraço

Artur Guilherme Carvalho disse...

Espero arrancar, além do ar, a atenção total do leitor. Estamos cá para isso... Abraço António