sexta-feira, 14 de agosto de 2009

(...)

...
As coisas há muito já foram vividas:
Há no ar espaços extintos
A forma gravada em vazio
Das vozes e dos gestos que outrora aqui estavam.
E as minhas mãos não podem prender nada.

Sophia de Mello Breyner Andersen

2 comentários:

Clarice disse...

"E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
e uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida e sempre a perder..."

Um poema quase sempre chama outro... nós é que nem sempre ouvimos, e por isso muitas vezes perdemos essa "chamada"... a vida é (QUASE) sempre a perder, não é?

Belo pedacinho, Artur!;)

Artur Guilherme Carvalho disse...

Esse pedaço de poema dos Xutos que referes nesta ms.g foi "deixado" num pedaço de romance meu intitulado Atrás do Pôr do Sol. Escrevemos todos uns para os outros e é sempre gratificante quando alguém nos diz que leu as nossas palavras. Obrigado Clarice. pela tua atençaõ, pelas tuas mensagens. Obrigado por me dizeres que lês as minhas palavras. Bom resto de Verão.
Artur